Pelas ondas do rádio: Cultura popular, camponeses e o rádio nos anos 1960

Pelas ondas do rádio: Cultura popular, camponeses e o rádio nos anos 1960

Pelas ondas do rádio: Cultura popular, camponeses e o rádio nos anos 1960

  • EditoraALAMEDA
  • Modelo: 9V92269
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 52,70

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Este livro trata da relação entre o primeiro sistema de educação a distância de alcance nacional organizado no Brasil – o Movimento de Educação de Base (MEB) –, o Estado e os camponeses na conjuntura crítica de 1961-65. O MEB foi formalizado por um acordo assinado entre a Igreja Católica e o Governo Federal em 1961, e consistia em um conjunto de sistemas radioeducativos pelos quais eram dadas aulas de leitura e escrita, matemática e “educação de base” (que ia da higiene pessoal a direitos trabalhistas) para escolas radiofônicas espalhadas por casas de famílias, salões paroquiais ou salas em escolas infantis no interior do Brasil.
Com este projeto, a cúpula da Igreja visava afastar os camponeses da influência do Partido Comunista e doutriná-los em valores como trabalho, ação solidária e bem comum. Uma parcela dos professores visava à mobilização camponesa por direitos e transformações sociais. O Estado almejava incorporar os camponeses a seu projeto de desenvolvimento, promovendo uma modernização conservadora. E os camponeses, longe de serem receptores passivos das ações desses sujeitos, souberam, a partir de sua condição de classe e de seus referenciais culturais, selecionar e incorporar os aspectos que, na prática, mais lhes interessavam do que o MEB oferecia. Assim, modificaram o formato original das transmissões radiofônicas e, finalmente, definiram condições para sua incorporação ao projeto desenvolvimentista.
Claudia Moraes teve acesso a um acervo de 4 mil cartas endereçadas ao MEB por monitores e alunos e estudou cerca de 500 delas. Mobilizou referenciais teóricos como E. P. Thompson, Henri Lefebvre e N. G. Canclini com grande sensibilidade e criatividade para rediscutir, a partir de uma perspectiva dos “de baixo”, problemas como a modernização em sociedades periféricas; a relação entre cultura popular, de massas e “universal”; as possibilidades e limites da ação dos sujeitos e do rendimento das instituições em nossa história.
Este livro contribuiu de forma marcante para pensarmos novamente e com outro olhar o momento-chave de definição de nosso destino como projeto social que foi a conjuntura 1961-1964.
Características
Autor CLAUDIA MORAES DE SOUZA
Biografia Este livro trata da relação entre o primeiro sistema de educação a distância de alcance nacional organizado no Brasil – o Movimento de Educação de Base (MEB) –, o Estado e os camponeses na conjuntura crítica de 1961-65. O MEB foi formalizado por um acordo assinado entre a Igreja Católica e o Governo Federal em 1961, e consistia em um conjunto de sistemas radioeducativos pelos quais eram dadas aulas de leitura e escrita, matemática e “educação de base” (que ia da higiene pessoal a direitos trabalhistas) para escolas radiofônicas espalhadas por casas de famílias, salões paroquiais ou salas em escolas infantis no interior do Brasil.
Com este projeto, a cúpula da Igreja visava afastar os camponeses da influência do Partido Comunista e doutriná-los em valores como trabalho, ação solidária e bem comum. Uma parcela dos professores visava à mobilização camponesa por direitos e transformações sociais. O Estado almejava incorporar os camponeses a seu projeto de desenvolvimento, promovendo uma modernização conservadora. E os camponeses, longe de serem receptores passivos das ações desses sujeitos, souberam, a partir de sua condição de classe e de seus referenciais culturais, selecionar e incorporar os aspectos que, na prática, mais lhes interessavam do que o MEB oferecia. Assim, modificaram o formato original das transmissões radiofônicas e, finalmente, definiram condições para sua incorporação ao projeto desenvolvimentista.
Claudia Moraes teve acesso a um acervo de 4 mil cartas endereçadas ao MEB por monitores e alunos e estudou cerca de 500 delas. Mobilizou referenciais teóricos como E. P. Thompson, Henri Lefebvre e N. G. Canclini com grande sensibilidade e criatividade para rediscutir, a partir de uma perspectiva dos “de baixo”, problemas como a modernização em sociedades periféricas; a relação entre cultura popular, de massas e “universal”; as possibilidades e limites da ação dos sujeitos e do rendimento das instituições em nossa história.
Este livro contribuiu de forma marcante para pensarmos novamente e com outro olhar o momento-chave de definição de nosso destino como projeto social que foi a conjuntura 1961-1964.
Comprimento 23
Edição 1
Editora ALAMEDA
ISBN 9788579392269
Largura 16
Páginas 232

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